FAQ
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ACEA
A ACEA (European Automobile Manufacturers‘ Association) é desde 1 de Janeiro de 1996 a sucessora oficial do CCMC. Esta associação define a qualidade dos óleos para motores de acordo com as exigências dos fabricantes europeus de motores.
ADITIVOS EP
Sob alta pressão e elevada temperatura, os chamados aditivos “Extreme Pressure” (EP) formam uma “camada de protecção” nas superfícies de metal.
API
O American Petroleum Institute (API) estabelece mundialmente os requisitos de qualidade e os critérios de controlo dos lubrificantes. A Europa e fabricantes europeus estão na sua maior parte excluídos.
ATF
Os chamados Automatic Transmission Fluids (ATF) possuem um coeficiente definido de fricção e possuem um índice elevado de viscosidade. Estes óleos são principalmente utilizados em caixas de velocidades automáticas e direcções assistidas.
CRAQUEAMENTO
O craqueamento é o processo através do qual se quebram moléculas de hidrocarbonetos complexas. Essas cadeias de moléculas quebradas compõem a base para a criação de óleos sintéticos.
DESPARAFINAR
Durante o processo de desparafinação, os cristais de limpeza do respectivo destilado são retirados de modo a optimizar o ponto de fluidez (a temperatura mais baixa à qual o óleo ainda flui quando é arrefecido sob condições pré-determinadas).
DESTILAR
Durante o processo de destilação, aquece-se o óleo bruto sob pressão atmosférica, separando os seus componentes naturais.
DESTILAÇÃ O A VÁ CUO
O processo de destilação a vácuo consiste na separação sob vácuo de resíduos resultantes da destilação do refinado. Através do vácuo, é possível baixar o ponto de ebulição em aprox. 150 °C, impedindo assim o craqueamento das moléculas.
DETERGENTES
Detergentes são substâncias de limpeza activas que protegem o motor contra os depósitos. Além disso, os detergentes formam as chamadas reservas alcalinas.
Dispersantes
Os dispersantes no óleo para motores envolvem as partículas de sujidade sólidas e
líquidas do óleo, transportando-as para o filtro de óleo.
Friction Modifier
Os Friction Modifier (FM) ou modificadores de atrito criam ligações fracas nas superfícies de metal, reduzindo ou aumentado assim as características de fricção de um lubrificante.
GL
GL significa “Gear Lubricant” e designa a estabilidade de um óleo para engrenagens frente à pressão segundo API.
HIDROCRAQUEAMENTO
O processo de hidrocraqueamento consiste na quebra de cadeias de moléculas complexas na presença de hidrogénio. Este hidrogénio é armazenado nas extremidades abertas da cadeia e “repara” o ponto quebrado.
HIDROCRAQUEAMENTO CATALÍTICO
O processo de hidrocraqueamento catalítico consiste na quebra de cadeias de moléculas na presença de um catalisador (por exemplo, silicatos sintéticos de alumínio) e a uma temperatura de 500 °C.
HYDROFINISHING
O hydrofinishing ou hidroacabamento designa a adição de hidrogénio durante a produção de um óleo base Mineral com o objectivo de melhorar a estabilidade frente ao envelhecimento.
ÍNDICE DE VISCOSIDADE
O índice de viscosidade (VI) descreve o comportamento de viscosidade/temperatura de um óleo. Quanto mais elevado o índice de viscosidade, mais baixa é a alteração de viscosidade ao longo de todo o intervalo de temperatura.
JASO
A Japanese Automotive Standards Organisation (JASO) distribui os óleos lubrificantes em classes diferentes e é sobretudo importante no sector de motociclos e na Ásia.
MELHORADOR DO ÍNDICE DE VISCOSIDADE
Melhoradores do índice de viscosidade são polímeros concebidos para influenciar no óleo a alteração da viscosidade dependente da temperatura.
NAFTA
Nafta é o nome do petróleo refinado obtido a partir da destilação do petróleo.
NÚMERO DE BASE
O número de base nos óleos para motores indica o valor das reservas alcalinas. Nos óleos usados, o número de base dá informação sobre o resto de aditivos que ainda não se gastaram.
ÓLEO BASE
O óleo base é o produto inicial para a criação de óleos lubrificantes. Os óleos base (minerais, hidrocraqueados ou 100% sintéticos) são produzidos a partir de diferentes processos de refinação.
ÓLEO BASE 100% SINTÉTICO
Os óleos base 100% sintéticos são óleos à base de polialfaolefina. São produzidos sinteticamente e muito resistentes à temperatura e envelhecimento.
ÓLEO BASE HIDROCRAQUEADO
Os óleos base hidrocraqueados são produzidos à base de parafina. Estes óleos fazem parte da tecnologia mais recente e são utilizados, entre outros, nos motores a gasolina e gasóleo mais modernos.
ÓLEO BASE MINERAL
Os óleos base minerais são um produto directo da destilação de petróleo.Este tipo de óleos base já não se utiliza nos motores modernos.
ÓLEO BRUTO
Óleo bruto é uma mistura composta na sua maior parte por hidrocarbonetos obtida através do processo de separação de materiais orgânicos.
PACOTE DE ADITIVOS
Um pacote de aditivos é uma mistura composta por diferentes materiais químicos que influenciam de variadas formas as características do óleo para motores.
PARAFINA
Parafina é o nome dado aos cristais de cera que representam um subproduto no fabrico de óleos base minerais.
PONTO DE FLUIDEZ
O ponto de fluidez é a temperatura mais baixa à qual o óleo ainda flui quando é arrefecido sob condições pré-determinadas.
REDUTOR DO PONTO DE FLUIDEZ
Um redutor do ponto de fluidez (aditivo PPD) altera a estrutura dos cristais de cera no óleo base e retarda o seu crescimento. Desta forma, o ponto de solidificação do óleo é reduzido e a propriedade de adequação a baixas temperaturas é optimizada.
REFINAR
A refinação consiste na eliminação/transformação de componentes não desejados nos destilados a vácuo.
RESERV AS ALCALINAS
As reservas alcalinas de um óleo neutralizam os produtos ácidos resultantes da reacção aquando da combustão do combustível.
Retrocompatí vel
Retrocompatível significa que uma determinada especificação ou aprovação preenche ou excede os requisitos da especificação ou aprovação anterior (então desactualizada).
SAE INTERNATIONAL
A SAE International (antigamente chamada Society of Automotive Engineers)
determina as classes de viscosidade válidas na indústria automóvel para óleos para
motores e engrenagens e pelas quais os fabricantes a nível mundial se orientam.
VISCOSIDADE
A viscosidade é a resistência (fricção interior) de um líquido. Quanto maior a resistência, mais viscoso é o óleo. A viscosidade nos óleos para motores e engrenagens é indicada de acordo com SAE.
VISCOSIDADE HTHS
High-Temperature-High-Shear (HTHS) significa a viscosidade dinâmica de um líquido medida a 150 °C sob a influência de elevadas forças de cisalhamento.
VISCOSIDADE LIMITE DE BOMBA
A viscosidade limite de bomba designa o teste para a distribuição dos lubrificantes nas diferentes classes SAE. A viscosidade não pode ultrapassar a respectiva classe SAE a uma temperatura definida de modo a garantir a fluidez posterior do lubrificante.
O petróleo surgiu através de plâncton morto há milhões de anos no fundo do oceano. Sobre este, foram-se sedimentando areias e pedras. Através desta camada impermeável e exclusão de oxigénio, pressão e calor, estes “seres vivos” foram-se transformando em petróleo. A pedra fundadora do petróleo são as ligações de hidrocarbonetos, que podem surgir numa gama entre C5 e C100.
O óleo base mineral é a forma mais simples e antiga dos óleos base. No processo de produção, o óleo bruto já descrito serve como produto inicial directo. O óleo bruto é aquecido no alto-forno e seus componentes separados (destilado). Em seguida, retiram-se do destilado os componentes não desejados através do processo de refinação ou de desparafinação. Através do hidroacabamento final, adiciona-se especificamente hidrogénio ao refinado para que este feche as cadeias de moléculas abertas, aumentando assim a estabilidade frente ao envelhecimento.
O óleo base 100% sintético destaca-se basicamente pela sua excelente estabilidade térmica e resistência frente ao envelhecimento. O seu desempenho excelente é proporcional à complexidade da sua produção. O produto inicial é a chamada nafta (gasolina sem aditivos). Numa primeira fase, a nafta é craqueada, o que significa que as cadeias de moléculas (C5 – C12) são separadas e interrompidas em C2. O líquido passa à forma gasosa. No processo de síntese que se segue, as cadeias de moléculas simples (C2) juntam-se e passam a cadeias de moléculas complexas (C20 – C35) seladas com a adição de hidrogénio (hidrogenação).
O óleo base hidrocraqueado combina as características positivas dos óleos base minerais com as dos 100% sintéticos. Este tipo de óleo base possui uma estabilidade térmica muito boa e resistência ao envelhecimento ao mesmo tempo que mantém uma absoluta compatibilidade de materiais. A base para os óleos base hidrocraqueados é a parafina retirada aquando do processo de obtenção do óleo mineral. A parafina é composta por uniões de moléculas de cadeias complexas (> C35). Estas são separadas na presença de um catalisador a uma pressão entre 70 a 200 bar e a temperaturas de até 500 °C e reduzidas a um comprimento funcional de C20 – C35 (hidrocraqueamento catalítico). Em seguida, o líquido é destilado em vácuo de modo a evitar o craqueamento das cadeias de moléculas. Num último passo, retiram-se eventuais resíduos de parafina.
Hoje em dia, o óleo base não é de longe suficiente para satisfazer as múltiplas exigências colocadas aos lubrificantes para motores modernos. Para garantir uma lubrificação de confiança e um funcionamento sem problemas, adicionam-se aos óleos base os chamados aditivos. Graças a estes aditivos, é possível melhorar ou mesmo acrescentar determinadas características. A lista dos aditivos utilizados é longa e varia. De acordo com a exigência, os diferentes materiais são agrupados em pacotes de aditivos. Este pacote é adicionado ao óleo base aquecido a 70 – 75 °C e mexido até estar completamente incorporado no óleo. Nos óleos para motores modernos, a percentagem de aditivos pode ser superior a 30%. No caso dos óleos simples, poderá ser inferior a 1%.
De uma maneira geral, faz-se a distinção entre dois tipos de aditivos:
- Aditivos que actuam no óleo base, como por exemplo aperfeiçoadores do ponto de fluidez, aditivos anti-espuma ou melhoradores do índice de viscosidade. li>
- Aditivos que actuam sobre as superfícies dos materiais (mancais, cilindros,...), como por exemplo melhoradores da aderência, ou friction modifier (melhoradores do coeficiente de fricção).
Na tabela seguinte, pode ver as características de um óleo influenciadas pelos
aditivos.
Detergentes são substâncias de limpeza activas (tensioactivas) no óleo que previnem a formação de depósitos ou libertam o motor destes. Quando Estas substâncias faltam (devido, por exemplo, a intervalos de mudança de óleo ultrapassados), a formação de depósitos aumenta (ver imagem). Desta forma, o desgaste do motor também é maior e, assim, o risco de danos.
Os aditivos para extrema pressão (EP) são adicionados ao óleo em forma de, por exemplo, ligações de enxofre ou fósforo para impedir a fusão causada pelas altas pressões ou cargas dos parceiros de fricção. Nestes casos, os aditivos EP são indispensáveis nos lubrificantes. Elevadas pressões ou cargas fazem com que os lubrificantes atinjam altas temperaturas. Nestes contextos, o aditivo EP liberta enxofre (portador de enxofre) ou um derivado de ácido fosfórico (ligações que contêm fósforo). A substância libertada reage imediatamente sob estas condições com a superfície metálica para sulfetos ou fosfatos de metal. Estas ligações criam camadas na superfície de metal que, debaixo de elevada pressão, são cortadas lamela a lamela. Assim, impede-se a fusão e, desta forma, a corrosão das superfícies de metal.
Os melhoradores do índice de viscosidade são polímeros de elevada massa molecular (junção de macromoléculas) criados de maneira a influenciar a alteração de viscosidade de um óleo de acordo com a temperatura. Perante temperaturas baixas, o polímero contrai. Consequentemente, a resistência que o polímero oferece a um corpo estranho será menor e a alteração da viscosidade do óleo base é equilibrada.
Em baixo, pode ver o modo de actuação em forma de gráfico:
Um subproduto da lubrificação por recirculação é a formação de pequenas bolhas de ar no óleo para motores. Os aditivos anti-espuma reduzem substancialmente a espuma gerada durante a circulação do óleo (entrada de ar).
Para poder escolher o óleo para motores correctamente, são necessárias duas indicações. Por um lado, a viscosidade e, por outro, a qualidade. Ao longo das últimas décadas, foram surgindo várias organizações responsáveis por esta categorização:
- SAE (Society of Automotive Engineers)
- API (American Petrol Institute)
- ACEA (Association des Constructeurs Européens d’Automobiles)
- ILSAC (International Lubricant Standardization and Approval Committee)
- JASO (Japanese Automotive Standards Organization)
Os fabricantes europeus de automóveis e motores conhecidos (Mercedes-Benz, BMW, VW, ...) orientam-se pela SAE quando se trata da viscosidade e pela ACEA quando se trata da qualidade. Os óleos para motores de veículos importados, fabricados fora da Europa (Toyota, Mitsubishi, Chrysler, …), orientam-se sobretudo pela API ou ILSAC e SAE e, no caso de veículos a gasóleo com filtro de partículas diesel, pela ACEA.
A característica da viscosidade dá informação apenas sobre a fricção interna de um óleo, não definindo qualquer característica de qualidade. Isto significa que um óleo que tenha uma viscosidade de acordo com a SAE, possui um comportamento de fluidez pré-definido a diferentes temperaturas. A viscosidade é dividida no arranque a frio com a letra anexa “W” (por exemplo, 5W). Quanto mais pequeno for o número junto a “W”, maior é a fluidez do óleo a baixas temperaturas. No âmbito do funcionamento a temperaturas mais altas, o número é válido sem letra anexa (por exemplo, 30). Quanto mais alto for o número, mais viscoso é o óleo (medido a 100 °C).
O mínimo de temperatura a que um óleo para motores/engrenagens pode ser utilizado depende da temperatura limite possível da bomba ou da viscosidade a temperaturas baixas.
O American Petrol Institute distingue fundamentalmente entre dois tipos de óleos para motores. Por um lado, os óleos para motores a gasolina (S) e, por outro, os óleos para motores a gasóleo/diesel (C). A letra anexa à primeira letra “S” ou “C” define a qualidade do lubrificante: “G” ou “H”. Quanto mais à frente no alfabeto se encontrar esta letra, maior é a qualidade do óleo para motores. As especificações mais elevadas (por exemplo API SM ou SN) podem ser utilizadas segundo a API sem problemas para as classificações anteriores (por exemplo API SL). No caso dos óleos para motores a gasóleo, ainda se pode acrescentar um “-4”. Este complemento designa a aptidão para motores a gasóleo de grandes volumes a 4 tempos, como é o caso dos camiões ou autocarros (heavy duty). A designação API CF-2 indica a qualidade de um óleo para motores diesel a 2 tempos.
A European Automobile Manufacturers‘ Association define o padrão dos óleos para fabricantes de veículos/motores europeus. Tal como o API, também esta associação faz a distinção entre óleos para motores a gasolina (A) e para motores leves a gasóleo/diesel (B, C). Uma diferença em relação ao API é o facto de, na ACEA, cada categoria ter um significado próprio e não poder ser compatível com as
versões anteriores.
5.3.1 Motores a gasolina e gasóleo em veículos ligeiros de passageiros
A1/B1 | Óleo para motores de alto rendimento para motores a gasolina e gasóleo, chamado óleo para motores fuel economy com uma viscosidade High Temperature High Shear especialmente baixa (2,9 - 3,5 mPa*s). Reservado para a classe de viscosidade xW-20. Não válido desde 12/2016. | |
A3/B4 | Óleo para motores de alto rendimento para motores a gasolina e gasóleo, supera e substitui óleos para motores convencionais como o ACEA A2/B2 ou A3/B3 e pode ser utilizado no caso de intervalos longos de mudança de óleo. | |
A5/B5 | Óleo para motores de alto rendimento para motores a gasolina e gasóleo, chamado óleo para motores fuel economy com uma viscosidade High Temperature High Shear especialmente baixa (2,9 - 3,5 mPa*s). Reservado para as classes de viscosidade xW-30 e xW-40. |
5.3.2 Motores a gasóleo em veículos ligeiros de passageiros com filtro de partículas diesel
C1 | Categoria para óleo Low SAPS com viscosidade HTHS reduzida ≥ 2,9 mPa*s, baixa viscosidade, performance como A5/B5, no entanto, com elevada percentagem de cinza sulfatada, fósforo, enxofre. | |
C2 | Categoria para óleo Mid SAPS com viscosidade HTHS reduzida≥ 2,9 mPa*s, baixa viscosidade, performance como A5/B5, com percentagem de cinza sulfatada limitada mas mais elevada, fósforo, enxofre em comparação com C1. | |
C3 | Categoria para óleo Mid SAPS com viscosidade HTHS elevada≥ 3,5 mPa*s, baixa viscosidade, performance como A3/B4, com percentagem de cinza sulfatada limitada mas mais elevada, fósforo, enxofre em comparação com C1. | |
C4 | Categoria para óleo Low SAPS com viscosidade HTHS elevada ≥ 3,5 mPa*s,baixa viscosidade, performance como A3/B4, com percentagem de cinza sulfatada e enxofre igual, com elevada percentagem de fósforo em comparação com C1. | |
C5 | Categoria para óleo Mid SAPS com HTHS reduzida 2,6 – 2,9 mPa*s, baixa viscosidade, para uma poupança de combustível ainda melhor e mais optimizada, para veículos com os sistemas de tratamento posterior de gases de escape mais modernos, apenas para motores com os requisitos técnicos adequados. |
5.3.3 Motores a gasóleo em veículos utilitários
E1/E2 | Categoria não actual. | |
E3 | Categoria abrangida por ACEA E7. | |
E4 | Baseada em MB 228.5, são possíveis longos intervalos de mudança de óleo, adequada para motores Euro 3. | |
E5 | Categoria abrangida por ACEA E7. | |
E6 | Categoria para motores AGR com/sem filtro de partículas diesel (DPF) e motores SCR NOx. Recomendado para motores com filtro de partículas diesel em combinação com combustível isento de enxofre. Teor de cinza sulfatada no máx. 1 %. | |
E7 | Categoria para motores sem filtro de partículas diesel (DPF) da maior parte dos motores AGR e da maior parte dos motores SCR NOx. Teor de cinza sulfatada no máx. 2 %. | |
E9 | Categoria para motores com/sem filtro de partículas diesel (DPF) da maior parte dos motores AGR e da maior parte dos motores SCR NOx. Recomendado para motores com filtro de partículas diesel em combinação com combustível isento de enxofre. Teor de cinza sulfatada no máx. 1 %.. |
Na classificação de óleos para motores, o International Lubricants Standardization and Approval Committee orienta-se bastante na categorização segundo API. Consideram-se cinco categorias para motores a gasolina. Os motores a gasóleo não são considerados pela ILSAC.
ILSAC
GF-1 | Ano de introdução 1996, comparável com API SH, categoria não actual | |
GF-2 | Ano de introdução 1997, comparável com API SJ | |
GF-3 | Ano de introdução 2001, comparável com API SL | |
GF-4 | Ano de introdução 2004, comparável com API SM | |
GF-5 | Ano de introdução 2010, comparável com API SN |
A Japanese Automobile Standards Organization estabelece os critérios para os óleos utilizados em veículos de duas rodas. As maiores exigências são colocadas no comportamento relativo ao atrito (embraiagem em banho de óleo), estabilidade frente ao cisalhamento e características de combustão. No contexto dos veículos de duas rodas, as classificações JASO e API surgem sempre a par uma da outra.
JASO
MA | Motores a 4 tempos - elevado valor de fricção para motocicletas com embraiagem em banho de óleo | |
MA2 | Motores a 4 tempos – elevado valor de fricção para motocicletas com características de embraiagem em banho de óleo e de engrenagens | |
MB | Motores a 4 tempos - baixo valor de fricção para motocicletas Sem embraiagem em banho de óleo | |
FB | Motores a 2 tempos – baixa fricção, combustão incompleta | |
FC | Motores a 2 tempos – elevada limpeza, combustão quase completa | |
FD | Motores a 2 tempos – limpeza mais elevada, combustão completa |
Partindo dos fabricantes europeus de veículos, as suas especificações de fabricantes baseiam-se nos testes de motores da ACEA. Para atingir uma aprovação para um determinado óleo, para além dos respectivos procedimentos dos testes ACEA, é necessário passar outros testes de motores e preencher outros requisitos. Na página seguinte, encontra uma lista das especificações de fabricantes e da respectiva classificação ACEA em que se baseia.
Homologações para motores BMW
Longlife-98 | Base ACEA A3/B3, aplicável a partir do ano de modelo ´98, Inválido – a ser substituído por Longlife-01 | |
Longlife-01 | Base ACEA A3/B4, aplicável a partir do ano de modelo ´01, para motores a gasolina e gasóleo sem DPF | |
Longlife-04 | Base ACEA C3, aplicável a partir do ano de modelo ´04 | |
Longlife-12 FE | Base ACEA C2, aplicável a partir do ano de modelo ´13, viscosidade HTHS reduzida, não compatível com versões anteriores, apenas para motores seleccionados | |
Longlife-14 FE+ | Base ACEA A1/B1, aplicável a partir do ano de modelo ´14, viscosidade HTHS reduzida, não compatível com versões anteriores, apenas para motores seleccionados |
Homologações para motores Fiat, Alfa Romeo e Lancia
9.55535-CR1 | Base ILSAC GF-5 ou API SN, classe de viscosidade 5W-20 | |
9.55535-DS1 | Base ACEA C2, classe de viscosidade 0W-30 | |
9.55535-G1 | Base ACEA A1 ou A5, classe de viscosidade 5W-30, desenvolvimento especial para motores CNG | |
9.55535-G2 | Base ACEA A3, classes de viscosidade 10W-40 e 15W-40, aplicável em motores a gasolina mais antigos | |
9.55535-GH2 | Base ACEA C3, classe de viscosidade 5W-40, desenvolvimento especial para “1750 Turbo Motor“ | |
9.55535-GS1 | Base ACEA C2, classe de viscosidade 0W-30, desenvolvimento especial para 0.9 Twin Air (Turbo) Motor | |
9.55535-H2 | Base ACEA A3, classe de viscosidade 5W-40, adequado para longos intervalos de mudança de óleo | |
9.55535-M2 | Base ACEA A3/B4, classes de viscosidade 0W/5W-40, adequado para longos intervalos de mudança de óleo | |
9.55535-N2 | Base ACEA A3/B4, classe de viscosidade 5W-40, adequado para motores a gasolina e a turbo a gasóleo | |
9.55535-S1 | Base ACEA C2, classe de viscosidade 5W-30, adequado para motores a gasolina e turbo a gasóleo com prolongamento do intervalo de mudança de óleo | |
9.55535-S2 | Base ACEA C3, classe de viscosidade 5W-40, adequado para motores a gasolina e turbo a gasóleo com prolongamento do intervalo de mudança de óleo | |
9.55535-S3 | Base ACEA C3, classe de viscosidade 5W-30, desenvolvimento especial para Chrysler, Jeep e Lancia | |
9.55535-T2 | Base ACEA C3, classe de viscosidade 5W-40, desenvolvimento especial para motores a gás | |
9.55535-Z2 | Base A3/B4, classe de viscosidade 5W-40, desenvolvimento especial para motores twin turbo a gasóleo |
Homologações para motores Ford
WSS-M2C-913-A | Base ACEA A1/B1 | |||
WSS-M2C-913-B | Base ACEA A1/B1, compatível com versões anteriores: WSS-M2C-913-A | |||
WSS-M2C-913-C | Base ACEA A5/B5, compatível com versões anteriores: WSS-M2C-913-B | |||
WSS-M2C-913-D | Base ACEA A5/B5, substitui WSS-M2C-913-A, B e C | |||
WSS-M2C-925-B | Base API SM, compatível com versões anteriores: WSS-M2C-925-B, a ser substituído por WSS-M2C-948-B | |||
WSS-M2C-917-A | Base ACEA A3/B4, oposto a VW 505 01 | |||
WSS-M2C-934-B | Base ACEA C1, classe de viscosidade 5W-30 | |||
WSS-M2C-948-B | Base API SN, especialmente desenvolvido para motores Ford EcoBoost | |||
WSS-M2C-950-A | Base ACEA C2, especialmente desenvolvido para motores Euro 6 TDCi, classe de viscosidade 0W-30 |
Homologações para motores Mercedes-Benz
Homologação MB 229.1 | Para todos os veículos ligeiros até 03/2002, a ser substituída por MB 229.3 | |
Homologação MB 229.3 | Para intervalos até 30.000 km, a ser substituída por MB 229.5 | |
Homologação MB 229.5 | Requisitos mais restritas do que em 229.3, são possíveis intervalos até 40.000 km | |
Homologação MB 229.31 | Requisitos como em 229.3, no entanto com pouca cinza, a ser substituída por MB 229.51 | |
Homologação MB 229.51 | Requisitos como em 229.5, no entanto com pouca cinza, a ser substituída por MB 229.52 | |
Homologação MB 229.52 | Requisitos exigentes relativamente à estabilidade frente à oxidação e poupança de combustível | |
Homologação MB 226.5 | Base Renault RN0700 | |
Homologação MB 226.51 | Base Renault RN0720 | |
Homologação MB 229.6 Homologação MB 229.71 | Base ACEA A5/B5, não compatível com versões anteriores, apenas para motores seleccionados Base ACEA C5, não compatível com versões anteriores, apenas para motores seleccionados |
Homologações para motores Opel
GM LL-A-025 | Base ACEA A3/B3, especificação para motores a gasolina, pode substituir-se por GM Dexos2 | |
GM LL-B-025 | Base ACEA A3/B4, especificação para motores a gasóleo, pode substituir-se por GM Dexos2 | |
GM Dexos 2 | Base ACEA C3, pode utilizar-se para todos os motores a partir do ano de modelo ´10 |
Homologações para motores Peugeot
PSA B71 2290 | Base ACEA C3 com a classe de viscosidade 5W-30 | |
PSA B71 2295 | Base ACEA A2/B2 para motores antes do ano de modelo 1998, nenhuma viscosidade definida | |
PSA B71 2296 | Base ACEA A3/B4 com as classes de viscosidade 0W-30, 0W-40, 5W-30 e 5W-40 | |
PSA B71 2300 | Base ACEA A3/B4 com a classe de viscosidade xW-40, xW-50 | |
PSA B71 2312 | Base ACEA C2 com a classe de viscosidade 0W-30 |
Homologações para motores Porsche
A 40 | Base ACEA A3 com as classes de viscosidade 0W-40 e 5W-40, para motores a gasolina a partir de 1994 | |
C 20 | Base ACEA C5, corresponde a VW 508 00/509 00, não compatível com versões anteriores, apenas para motores seleccionados | |
C 30 | Base ACEA C3, corresponde a VW 504 00/507 00 |
Homologações para motores Renault
RN 0700 | Base ACEA A3/B4, autorizado para todos os motores a gasolina da Renault | |
RN 0710 | Base ACEA A3/B4, autorizado para todos os motores a gasóleo da Renault sem filtro de partículas negro-de-fumo | |
RN 0720 | Base ACEA C4, autorizado para todos os motores a gasóleo com filtro de partículas negro-de-fumo a partir do ano de modelo ´10 |
Homologações para motores VW
VW 500 00 | Óleo multigrau com as classes de viscosidade SAE 5W-X/10W-X, a ser substituído por VW 501 01 | |
VW 501 01 | Óleo multigrau com as classes de viscosidade SAE 5W-X/10W-X, a ser substituído por VW 502 00 | |
VW 502 00 | Óleo multigrau para requisitos exigentes | |
VW 503 00 | Especificação Longlife para motores a gasolina, base ACEA A1, classes de viscosidade 0W-30/5W-30 | |
VW 503 01 | Especificação Longlife para motores a gasolina sobrealimentados, classe de viscosidade 5W-30 | |
VW 505 00 | Óleo multigrau para motores turbodiesel aspirados | |
VW 505 01 | Óleo multigrau para motores injector-bomba, base ACEA B4, classe de viscosidade 5W-40 | |
VW 506 00 | Especificação Longlife para motores a gasóleo sobrealimentados, classe de viscosidade 0W-30 | |
VW 506 01 | Especificação Longlife para motores injector-bomba | |
VW 504 00 | Especificação para motores a gasolina com e sem serviço Longlife, substitui todas as especificações para gasolina descritas acima | |
VW 507 00 | Especificação para motores a gasóleo com e sem serviço Longlife, substitui todas as especificações para diesel descritas acima (excepção: motores R5 e V10 TDI antes da semana 22/06) | |
VW 508 00 | Especificação IV Longlife para motores a gasolina com e sem serviço Longlife, não é compatível com versões anteriores, classe de viscosidade SAE 0W-20 | |
VW 509 00 | Especificação IV Longlife para motores a gasóleo com e sem serviço Longlife, não é compatível com versões anteriores, classe de viscosidade 0W-20 |
Partindo dos fabricantes europeus de veículos, as suas especificações de fabricantes baseiam-se nos testes de motores da ACEA ou API. Para atingir uma aprovação para um determinado óleo, para além dos respectivos procedimentos dos testes ACEA/API, é necessário passar outros testes de motores e preencher outros requisitos. O seguinte gráfico mostra-lhe um resumo de qual especificação de fabricante se baseia em qual classificação ACEA/API.
Homologações para motores MAN
M3275 | Óleo para motores SHPD, é possível um intervalo de mudança até 60.000 km | |
M3277 | Óleo para motores UHPD, é possível um intervalo de mudança até 80.000 km | |
M3377 | Requisitos mais exigentes relativamente à limpeza/depósitos em relação a M3277, intervalo de mudança de acordo com a indicação | |
M3477 | Igual a M3277, no entanto com pouca cinza para motores Euro 5 com filtro de partículas diesel | |
M3677 | Motores Euro 6 com filtro de partículas diesel, é possível um intervalo de mudança até 120.000 km |
Homologações para motores Mercedes-Benz
Homologação MB 228.1 | Base ACEA E2 + outros testes de motores | |
Homologação MB 228.3 | Base ACEA E7 + outros testes de motores | |
Homologação MB 228.5 | Base ACEA E4 + outros testes de motores, intervalo de mudança prolongado | |
Homologação MB 228.31 | Base ACEA E9 + outros testes de motores, adequado para filtro de partículas diesel | |
Homologação MB 228.51 | Base ACEA E6 + outros testes de motores, adequado para filtro de partículas diesel, intervalo de mudança prolongado | |
Homologação MB 228.61 | Base API FA-4 + outros testes de motores /td> |
Homologações para motores Renault
RD/RD-2 | Base ACEA E3 + Volvo VDS-2 | |
RLD/RLD-2 | Base ACEA E7 + Volvo VDS-3 | |
RLD-3 | Base ACEA E9 + Volvo VDS-4 | |
RXD | Base ACEA E7 + Volvo VDS-3 | |
RGD (Gas) | Base ACEA E6 + Volvo VDS-3 + TBN >8 |
Homologações para motores Scania
Scania LDF | Base ACEA E5 | |
Scania LDF-2 | Base ACEA E7 utilizável a partir de Euro 4 | |
Scania LDF-3 | Base ACEA E7 utilizável a partir de Euro 6 | |
Scania Low Ash | Base ACEA E6/E9 (com pouca cinza) |
Homologações para motores Iveco
18-1804 FE | Base ACEA E4/E5 com teor TBN>14 | |
18-1804 TLS E6 | Base ACEA E6 com teor TBN>13 | |
18-1804 T2 E7 | Base ACEA E7 com teor TBN>14 | |
18-1804 TLS E9 | Base ACEA E9 ou API CJ-4 | |
18-1804 TFE | Base ACEA E4/E7 com teor TBN >16 |
Homologações para motores Volvo
Volvo VDS | Base API CD/CE, é possível um intervalo de mudança até 50.000 km | |
Volvo VDS-II | Base ACEA E7, é possível um intervalo de mudança até 60.000 km | |
Volvo VDS-III | Base ACEA E5, é possível um intervalo de mudança até 100.000 km | |
Volvo VDS-IV | Base API CJ-4, transportes, pouca cinza |
No caso dos óleos para motocicletas, a maioria dos fabricantes dispensa uma especificação própria, baseando-se nos testes de motores segundo API ou JASO para determinar a qualidade do óleo. Para além da determinação da qualidade do óleo, no caso das motocicletas com embraiagem em banho de óleo, existem também requisitos mais exigentes relativamente à estabilidade frente ao cisalhamento,
características de combustão e sobretudo às propriedades de fricção. Para saber se um óleo preenche estes requisitos, consulta-se a especificação JASO que se deve encontrar na lista das homologações.
Homologações para motores de motocicletas segundo JASO
JASO MA/MA-2 | Motores a 4 tempos – elevado valor de fricção para motocicletas com embraiagem em banho de óleo | |
JASO MB | Motores a 4 tempos – valor de fricção para motocicletas sem embraiagem em banho de óleo | |
JASO FB | Motores a 2 tempos – baixa limpeza, combustão incompleta | |
JASO FC | Motores a 2 tempos – elevada limpeza, combustão quase completa | |
JASO FD | Motores a 2 tempos – limpeza máxima, combustão completa |
Para poder garantir um funcionamento sem problemas, as transmissões modernas precisam de um lubrificante de alto rendimento que as proteja contra o desgaste ao mesmo tempo que não afectam a comutação de velocidades. O tipo e a forma de aditivação de um lubrificante tem uma influência enorme em diferentes parâmetros como por exemplo a comutação, o intervalo de mudança, o comportamento de fricção e a protecção contra o desgaste. Como tal, é muito importante cumprir as especificações ou homologações do fabricante aquando da mudança de um óleo de engrenagens. Com o crescente aumento de tipos de engrenagens, os óleos foram também sendo desenvolvidos e adaptados. Em primeira análise, faz-se a distinção entre caixas de velocidades manuais e accionamentos de eixo, caixas de velocidades automáticas, de dupla embraiagem e CVT. Dentro destes grupos mais
abrangentes, existem subgrupos que precisam de um lubrificante específico para o seu tipo de construção e finalidade. Nota: Nos óleos para caixas de velocidades não existe uma base uniforme pela qual os fabricantes se comprometem (por exemplo, ACEA). Isto faz com que existam várias homologações de fabricantes específicas.
Exemplos:
Mercedes-Benz: | 24 homologações ATF (homologação MB 236.x) 21 homologações para óleos para engrenagens (hipóides) (homologação MB 235.x) | |
Volkswagen: | 14 homologações ATF (G 052 xxx, G055 xxx, G060 xxx) 15 homologações para óleos para engrenagens (hipóides) (G 052 xxx, G055 xxx, G060 xxx) |
De modo a poder ter pelo menos uma orientação geral sobre a qualidade e características de um óleo para engrenagens, foi-se estabelecendo ao longo das décadas a categorização segundo a API (para caixas de velocidades manuais e accionamentos de eixo) e segundo Dexron e Mercon (para caixas de velocidades automáticas). Os fabricantes orientaram se por esta categorização durante bastante tempo. No entanto, as engrenagens foram-se tornando cada vez mais complexas e esta categorização já não era suficiente. A viscosidade das caixas de velocidades manuais e accionamentos de eixo classifica-se, tal como nos óleos para motores, segundo a SAE. A viscosidade dos óleos para caixas de velocidades automáticas, os chamados óleos ATF (Automatic Transmission Fluid), não é classificada segundo SAE, uma vez que a viscosidade é parte integrante da respectiva homologação do fabricante.
9.1.1 API (óleos para caixas de velocidades manuais ou accionamentos de eixo)
GL 1 | Engrenagens cónicas e engrenagens helicoidais sujeitas a pouca carga | |
GL 2 | Engrenagens helicoidais (não em veículos de estrada) | |
GL 3 | Caixas de velocidades manuais (oldtimer) | |
GL 4 | Caixas de velocidades manuais, engrenagens hipóides (quando autorizado) | |
GL 5 | Engrenagens hipóides, caixas de velocidades manuais (quando autorizado) |
9.1.2 GM Dexron (caixa de velocidades automática)