• 04/05/2020

“They never come back”

O diretor da LIQUI MOLY, Ernst Prost, fala dos desafios da retoma que aí vem

Caros(as) colegas,

gostava de lhes dar as boas-vindas à 19.ª semana do ano. Depois de um fim de semana prolongado, desejo-lhes agora uma semana de trabalho relaxante :-)

Um lugar-comum do boxe, que na prática já foi desmentido várias vezes, diz que “they never come back”. Mas realmente isto não nos interessa, porque NÓS nunca saímos daqui... Sem despedimentos, sem lay-offs, sem a “lei do menor esforço”, sem redução da atividade, sem atendedores de chamadas como único atendimento ao cliente, sem paralisações, sem preguiça à custa do coronavírus, sem recuarmos, sem desistirmos, sem nos rendermos, sem nos lamentarmos nem nos acomodarmos! Quem não para, não enferruja, e é bem verdade. O trabalho com sentido protege-nos da apatia e da indiferença. Concordo absolutamente! Os deuses decidiram que o Homem tinha de suar as estopinhas antes de poder ter sucesso, o que me traz de volta à nossa situação...

A ideia de aumentar novamente a produção deixa-me tão feliz e cheio de expetativa como uma criança que mal pode esperar pelo Natal. Depois de todas as medidas de desaceleração e confinamento, chegou agora a fase de recuperar o tempo perdido e ganhar terreno. A minha maior dúvida não é tanto quando esse processo acontecerá, mas se estamos bem preparados para isso. Temos material suficiente em armazém? Os nossos sistemas ainda dão respostas adequadas às estruturas que se alteraram por esse mundo fora? Estamos preparados para a corrida aos produtos que antevejo? Continuamos ágeis e em forma? Não quero desistir agora da nossa vantagem, arduamente ganha, em relação à concorrência, apenas porque talvez tenhamos perdido algum ímpeto e bloqueado um pouco ou porque ficámos com medo da nossa própria coragem.

Não percebo as pessoas que acreditam que não podemos fazer mais nada. Atualmente, em inúmeros setores, vemos muitos exemplos negativos de uma gestão de crise paralisada. Em algumas empresas, a crise existe, mas só durante o horário normal de expediente de segunda a sexta-feira, das 9:00 às 16:00 horas. Para algumas pessoas, o fim do expediente e o fim de semana são e continuam a ser o mais importante e algo quase sagrado. Mas a verdade é que nunca conseguiremos controlar esta crise se insistirmos em sair pontualmente às 16:00 horas e em ter fins de semana relaxados a partir do meio-dia de sexta-feira... A nossa empresa não se dá com o papel de vítima, nem com grandes lamentações. Somos lutadores – e trabalhadores, pensadores e pessoas de ação. O meu desejo é que NÓS sejamos um exemplo de otimismo, confiança e espírito de luta, mas também de uma preparação excelente para o tempo que aí vem, graças à nossa gestão da crise... Por isso, digo-lhes uma coisa:

nunca houve um momento tão favorável como agora para conquistarmos quotas de mercado adicionais. Como bem se recordam, há doze anos, na última crise, tornamo-nos líderes de mercado na Alemanha porque procedemos do mesmo modo que agora. Nenhum dos nossos concorrentes foi capaz de ultrapassar este avanço que, com o nosso trabalho árduo, conseguimos ganhar no auge da crise financeira. Com a nossa experiência e este modelo, vamos agora abordar o maior número possível de novos mercados. Não me venham com ideias de reduzir as nossas capacidades, iremos, isso sim, aumentá-las. Continuaremos a produzir e a aumentar o nosso stock!

Estamos em contacto permanente com todo o mundo, ao mesmo tempo que melhoramos os serviços que oferecemos a oficinas, revendedores e automobilistas. Neste momento, insistimos muito na publicidade, mas também na ampliação de toda a gama de serviços que prestamos aos nossos clientes, que é cada vez mais abrangente, precisa e orientada para as necessidades dos clientes. Não se trata apenas de mais produtos, mas sobretudo de produtos sempre mais adaptados aos clientes, para além das linhas de apoio ao serviço, das ofertas formativas, de pacotes informativos e, claro, dos nossos programas de apoio para parceiros comerciais e outros parceiros: tudo isto ajudar-nos-á a arrancar com mais velocidade, antes mesmo de os nossos concorrentes se porem em pista.

Por isso, peço-lhes que continuem a manter uma relação próxima com os nossos clientes, como é característica da Liqui Moly: com profissionalismo e visão comercial e, ao mesmo tempo, oferecendo compreensão e apoio. E não nos esqueçamos que as crises não se ganham com programas de lay-off mas com mais trabalho!

Muito obrigado por tudo!

Melhores cumprimentos,

Ernst Prost